Márcia --- Deixa-me ir (Vídeo Oficial) HD
Primeiro single do álbum "Casulo", de Márcia. www.facebook.com/marciaOficial Vídeo realizado por Miguel Gonçalves Mendes. Edição: Pedro Sousa \ Correcção de Cor: Andreia Bertini \ Produção: Jumpcut Agradecimentos: Daniela Siragusa, Elsa Ferreira, Estelle Valente, Filipe C. Monteiro, Ricardo Rego, Rui Poças. DEIXA-ME IR Deixa-me ir embora do teu centro onde eu souber existir. Deixa-me ir onde eu não sei andar a sós poder viver da minha voz Se incendeia é bem melhor que ter a ideia do que é amar relatado a negro No meu passeio eu vi gente a andar a pé Os que vão primeiro ser no que ainda não é Não sei pintar Amor sem ser da cor que enche tudo. Deixa-me ir embora do teu centro onde eu puder existir ser mais do que eu sinto. Deixa-me ir se eu não sei andar a sós vou querer dizer com a minha voz se incendeia é bem melhor que ter a ideia do que é amar relatado a negro. No meu passeio eu vi gente a andar a pé Os que vão primeiro ser no que ainda não é. Não sei pintar Amor sem ser da cor que enche tudo. Música Voz, guitarra, composição: Márcia Arranjos por Filipe Cunha Monteiro. Mistura: Eduardo Vinhas Masterização: Rafael Toral NOTA DO REALIZADOR "Deixa-me ir" é uma equação. Uma equação que nos obriga a reflectir se devemos permanecer numa relação, qualquer que ela seja: de amor, amizade, com uma cidade ou até mesmo com um país. Porque considero que nenhum criador se deve demitir do seu dever de agir e intervir na sociedade, "apropriei-me" do tema e explorei-o sob um ponto de vista pessoal, como um retrato, daquele que considero ser um dos momentos mais confrangedores e lamentáveis que se vive atualmente em toda a Europa, e sobretudo em Portugal. As populações perderam qualquer respeito pelas instituições e por aqueles que nos representam. Os cidadãos vêem-se obrigados a suportar uma crise que não foi criada por eles. E no meio de um mundo, em que países são tratados como empresas e os povos como números, esquecemo-nos do retrocesso civilizacional e grotesco que esta visão implica. A humanidade sempre viveu momentos de crise e nem por isso os deixou de superar. Contudo, quando nenhum de nós acreditava que pudesse voltar a acontecer, mais uma vez nos foi retirado o que de mais sagrado existe na vida humana: a esperança e a aspiração a uma vida e a um mundo melhores. Quando quem nos representa proclama a sua desistência ao nos convidar a sair, a pergunta que resta é: o que nos leva a ficar? O videoclipe "Deixa-me ir" pretende, pois, ser o retrato de uma época e um olhar contemplativo sobre um país que definha. Mas que nos relembra, e os relembra, que nós existimos e estamos aqui. Miguel Gonçalves Mendes